Se o momento é ruim para o comércio, está ótimo para as oficinas de conserto. A associação que representa 11 mil assistências técnicas em todo país constatou, neste ano, um aumento de 28% nos reparos de eletroeletrônicos em relação ao ano passado.
O que torna os jogos do computador do advogado Rodolfo Gadelh tão reais é a placa de vídeo. Por isso, quando a peça deu defeito fora da garantia ele não teve dúvida: comprou outra, mas ficou com o computador. Foi assim também com o celular: trocou uma peça de R$ 600 e continua com o aparelho, que custou R$ 2 mil. O único equipamento novinho na casa dele é a impressora. “Custa R$ 150 o conserto de uma impressora e a nova custou R$ 190. Aí neste caso foi bem melhor substituir o equipamento”.
A gerente de assistência técnica Jussara Santos passou a receber 40% mais encomendas de consertos, graças à mudança de comportamento dos consumidores. Muitas das placas são herança do tempo em que o cliente trocava de computador assim que ele apresentava qualquer defeito. Agora, elas servem para repor peças originais dos notebooks que chegam para conserto.
“Às vezes era problema simples, como um sistema operacional corrompido ou a falta de um determinado programa e às vezes era só ansiedade mesmo de consumir, de trocar, de querer sempre o mais novo, o mais atual”, afirma Jussara.
Há 16 anos no mercado, Luciana Lima, gerente de uma assistência técnica, nunca viu tanta procura por consertos de celulares: “Nós temos consertos simples, de R$ 80, até aqueles que custam R$ 900”.
O agrônomo Carlos Alberto Pinheiro comprou logo uma bateria nova para ficar por mais tempo com o celular antigo: “Este aparelho é mais de R$ 1 mil. A bateria custa R$ 45. Achei melhor fazer a troca, porque de imediato eu resolvo o problema”.
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